Justiça paulista liberta último manifestante preso no período da Copa do Mundo
28/08/2014 - 15:31 |
REDAÇÃO
Preso desde o dia 2 de julho, o motorista João Antonio Alves de Roza foi solto na última sexta-feira (22), após pedido feito pela Defensoria Pública de São Paulo. A soltura de Roza, no entanto, só foi divulgada nesta quinta (28). Ele é o último manifestante a ser libertado em São Paulo.
Roza foi envolvido no caso durante a investigação de danos materiais a uma concessionária de carros importados, na Marginal Pinheiros, ocorridos durante um protesto ocorrido na capital paulista no dia 19 de junho.
Em julho, a polícia identificou o acusado como a pessoa que aparece segurando um extintor de incêndio e atirando o equipamento contra a vitrine da empresa, segundo análise de imagens de câmeras de segurança. No entanto, como não houve queixa da concessionária prejudicada – como exige o Código Penal – o manifestante responderá apenas a processo por associação criminosa.
“Nada mais justifica a permanência do réu no cárcere. Remanesce apenas o crime de associação criminosa cuja pena, acaso ocorra condenação, permite a concessão de benefícios legais, reforçando a inconveniência, agora, da manutenção da prisão preventiva”, disse o juiz André Carvalho e Silva de Almeida, da 30ª Vara Criminal da capital, em sua decisão.
Outros quatro manifestantes que foram presos este ano em protestos na capital paulista – o professor Jefte Rodrigues do Nascimento, o jovem Henrique Lima da Silva, o professor Rafael Lusvarghi e o servidor do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (USP) Fábio Hideki Harano - também foram colocados em liberdade, nas últimas semanas, por decisão judicial.
A manifestação do dia 19 de junho foi convocada pelo Movimento Passe Livre (MPL) para marcar um ano dos protestos que impediram a elevação nos preços do transporte público.